
A verdade é muito simples!
Quem não tem problemas familiares? Mas a questão não são os problemas familiares, mas sim como resolver as questões entre os familiares.
Neste post vou focar na relação da família central, entre pais (pai e mãe que vivem juntos) e filhos, mas também podem ser aplicadas a outros membros e cenários.
Então leia até o final!
O 1º passo é entre o casal.
O casal precisa estar alinhado e buscar a empatia para poder ajudar nas questões que a família necessita. Cada um tem uma visão de mundo, mesmo casados, cada membro irá enxergar a questão por uma ótica diferente. Mesmo que haja semelhanças entre as visões, o casal precisa aprender a ouvir o outro para compreender como as ideias de ambos podem ajudar na ocasião.
Nesta primeira etapa ambos precisam sentar, deixar os pré-julgamentos de lado, e conversar, no qual ambos possam manifestar os desconfortos e também dialogar sobre. O casal precisa compreender que não é uma questão de quem está certo ou errado e sim como a partir do problema, podem chegar a uma solução para o bem familiar.
O 2º passo é ter clareza do problema
Apesar de já introduzir este tema no primeiro passo, vamos compreender mais a crise instalada.
Identifiquem qual é o problema, os envolvidos e os resultados que estão sendo gerados a partir da questão. É importante obter o máximo de clareza (mais uma vez sem pré-julgamentos) sobre todo o cenário. Busque compreender a origem da crise para chegar a uma solução mais prática e saudável.
Nesta etapa é importante se preocupar como os membros envolvidos da família estão se sentindo. Todos devem ser validados e incluídos na busca da solução.
O 3º passo é a boa e velha comunicação
Se não houver uma comunicação saudável entre os membros, principalmente dos pais para com os filhos, haverá apenas discórdia e luta por poder. Principalmente se os filhos forem adolescentes!
O diálogo deve começar sem "dedos na cara", buscando compreender as motivações iniciais (como dito no 2º passo), com paciência, tolerância e muita empatia. Busque realizar perguntas empoderadas que façam todos refletir e não perguntas inquisitórias. Aproveitar o problema para transformar em aprendizado será benéfico para todos, sem exceção.
Muitas vezes para se ter esta boa comunicação de primeira não é simples, e então você segue para o passo a seguir.
O 4º passo é de um tempo se necessário
De cabeça quente dificilmente você conseguirá resolver alguma coisa. Agir com sabedoria é imprescindível neste momento.
Se um ou mais membros estiverem com os nervos à flor da pele, sugira um tempo para que possam colocar as idéias no lugar e com calma conversarem. Mas tome cuidado para que este "tempo", não se torne motivo de fuga. Ao sugerir um tempo, estipule um momento adequado para conversarem sobre o ocorrido, por exemplo, depois da janta!
O 5º passo é estejam abertos a mudanças
Este passo exige humildade, senso de responsabilidade e deve começar pelos pais, que servirão de exemplo para os filhos. Muitas vezes (ou na maioria delas), as crises vem para nos ensinar algo e colocar ordem onde havia desordem. Quantas vezes eu precisei assumir que o maior causador da discórdia era eu!
Se não estivermos abertos a rever nossas ações, pensamentos e palavras, não poderemos exigir que os outros o façam também, principalmente os filhos.
Se não for claro quais são as mudanças que devem ocorrer, peça a ajuda de seus familiares, tenho certeza que vão apontar com clareza o que lhe gera desconforto por sua parte.
6º passo é buscar o perdão (e perdoar)
O processo de perdoar parte da decisão de perdoar, mas isso não quer dizer que a mágoa (feridas) passem imediatamente. A partir da decisão inicia-se um processo de compreensão para então se chegar ao perdão e isto pode levar um tempo, então é imprescindível que o tempo de cada um seja respeitado.
Para perdoar é preciso primeiro humildade, e na sequência buscar a empatia (capacidade de se colocar no lugar do outro), os passos seguintes você dará conta.
O 7º passo (e não o último) é vida nova!
Após chegar a uma solução em que todos estejam de acordo, não retome em futuras crises o ocorrido e já resolvido (apesar que isso mostra que ainda não foi bem resolvido). Como eu mencionei, em algumas situações será necessário um tempo para lidar com a questão.
Vire a página e quando uma nova problemática surgir encare como um novo desafio, no qual a experiência passada auxiliará no presente.
Que Deus abençoe você e sua família.
Alex Nielsen | Terapeuta Sistêmico Familiar
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